Nos últimos dez anos o fast fashion vem ganhando destaque no mercado e indústria da moda , apontando para uma mudança importante no padrão de consumo da atualidade, tanto no mercado nacional quanto no contexto internacional.
Fast Fashion é a chamada moda rápida, que adapta, vende e renova em tempo recorde ao mercado de massa.
Este sistema é a resposta da indústria para reduzir as perdas, se as vendas não forem como esperavam, e para dar a impressão de que os produtos são semi-exclusivos a um consumidor preocupado com produtos personalizados.
O fast-fashion funciona quando tem pontos de distribuição suficiente para justificar tantos gastos no desenvolvimento de novos produtos a todo instante. Quem administra uma empresa pequena, com poucos pontos de distribuição, deve ter muito cuidado.
Com o sistema há uma redução das pesquisas de tendências decomportamento, focando mais na pesquisa do que realmenteas pessoas estão consumindo para, em seguida, começar o processo de “criação” e produção de roupas.
No passado, as coleções eram dividadas em estações, onde o mix de produtos era dividido em 20% básico ( peças que garantam o volume, presente em quase todas as estações) 60% fashion ( pura tendência) e 20% vanguarda ( peças diferenciadas( carregam oespírito da coleção).
Hoje é preciso ter um bom planejamento para que a distribuição dos produtos ao longo da estação esteja adequada, com quantidades mais certeiras e atendendo as necessidades dos consumidor. Isto se dápor meio da análise de vendas anteriores, do estudo do público-alvo e de suas necessidades, criando assim o mix de produtos .
Nos últimos anos, entretanto, vem se estabelecendo nova dinâmica a partir de certas empresas do setor, que passaram a ter até vinte lançamentos por estação.
O mais importante é ter foco no consumidor e endereçar a ele os produtos corretos, aqueles que ele espera da empresa. Se o seu consumidor não é de vanguarda, continue dando a ele produtos condizentes com o seu estilo.
Na indústria tradicional, entre definição de tendências, escolha de matérias-primas, desenvolvimento e produção da coleção até a venda nas lojas, passam-se, aproximadamente, 24 meses. As empresas que adotam o sistema fast fashion reduzem muito o tempo de preparação e produção. Algumas conseguem fazer com que suas peças cheguem às lojas em poucas semanas.
De acordo com o fast fashion, várias coleções pequenas são comercializadas numa mesma estação: novidades são colocadas à venda semanalmente. A quantidade de produtos do mesmo modelo é reduzida, mas a variedade é aumentada. Desta forma, a mesma pessoa pode comprar mais produtos num menor espaço de tempo. E com esse sistema o problema de estoque fica ainda mais reduzido.
Este tipo de mercado vem crescendo muito e atendendo as expectativas do consumidor. Resta saber como as pequenas confecções vão sobreviver aos gigantes do Fast Fashion!
Para Guillaume Erner, o fast fashion é o chamado circuito curto ou Quick
Response System que nasce no Sentier, um bairro de Paris, com pequenos comerciantes
do setor têxtil que começam sua produção tardiamente após a certeza de algumas
tendências para não errar e perder vendas (Erner, 2005). No Brasil acontece algo similar
em boa parte das empresas do Brás e do Bom Retiro
Não é um sistema bem visto pelo mercado criador/produtor de moda, já que
muitas vezes as empresas confeccionam roupas similares (com alguma ou nenhuma
modificação) àquelas que foram pensadas, criadas e desenvolvidas por estilistas e
marcas renomadas. Mas de qualquer forma a maioria dos clientes não chega a tomar
conhecimento desta concorrência, ficando mais atento ao estilo e preço das peças que
irão usar do que aos “bastidores” das empresas de moda.
Á utilização do sistema fast fashion ou circuito curto que “privilegia as tendências em prejuízo da criatividade. (…) ‘produz’ o mais tarde possível para fazê-lo como os demais e não errar a tendência.”
Identifica a tendência (tanto de moda quanto de consumo) para em seguida
produzir e distribuir.
Quando sobra uma quantidade maior do que o previsto, há o remanejamento das peças para outro hemisfério, entrando como peça nova da coleção. Não há reposição das mesmas peças de roupas para a coleção seguinte, tudo é vendido, remanejado ou liquidado durante uma estação de moda (cerca de seis meses, em média).
Com o fast fashion, a Zara, portanto consegue satisfazer desejos e suprir
necessidades do seu público alvo, ao mesmo tempo em que cria a necessidade de
consumo, por não repetir modelos ou por quinzenalmente estar colocando novidades no
mercado. Desta forma ela acaba investindo menos em publicidade e mais na criação e
desenvolvimento de seus produtos, na distribuição mundial e nos atraentes pontos de
vendas, gerando faturamentos exorbitantes, investindo e crescendo no mundo todo,
atingindo assim, cada vez mais, novos territórios e novos mercados com uma moda
rápida e globalizada.
o fast fashion apresenta grande capacidade de minimizar riscos e custos das coleções, de otimizar a gestão do processo criativo e de tornar flexível a cadeia de produção.
Em relação à inovação, na visão das marcas tradicionais, o sistema da moda rápida pouco tem de criativo, já que seus produtos são lançados, em muitos casos, com muita similaridade às peças observadas nas coleções apresentadas em desfiles e feiras de moda.
No entanto, Cietta (2010) argumenta que tal similaridade se explica pelo modo de funcionamento do modelo fast fashion, que no prazo de poucas semanas consegue lançar uma coleção e colocá-la no mercado, diferentemente do que ocorre com a moda programada tradicional, que desde a escolha das tendências e das matérias-primas até a venda do vestuário nas lojas precisa de um tempo de aproximadamente 24 meses. Ou seja, o sistema fast fashion é capaz de projetar e produzir roupas com muita rapidez, no período em que as tendências de consumo atingem seu auge, o que acaba resultando em produtos semelhantes aos lançados pelas grifes do sistema tradicional.
Podemos enumerar algumas de suas características: contração do tempo de
elaboração e produção; aumento da velocidade de escoamento das mercadorias
através da aceleração do consumo; aumento do número de coleções anuais;
tamanho reduzido das mesmas e dos estoques.
Nos últimos anos, entretanto, vem se estabelecendo nova dinâmica a partir de certas empresas do setor, que passaram a ter até vinte lançamentos por estação. Estas empresas adotaram o chamado sistema fast fashion.
Nessa indústria, entre definição de tendências, escolha de matérias-primas,
desenvolvimento e produção da coleção até a venda nas lojas, passam-se,
aproximadamente, 24 meses. As empresas que adotam o fast fashion reduzem
drasticamente o tempo de preparação e produção. Algumas conseguem fazer com
que suas peças cheguem às lojas em poucas semanas. (CIETTA, 2010, p. 23).
De acordo com o sistema, várias coleções pequenas são comercializadas
numa mesma estação: novidades são colocadas à venda semanalmente. A
quantidade de produtos do mesmo modelo é reduzida, mas a variedade é
aumentada. Desta forma, a mesma pessoa pode comprar mais produtos num menorDe acordo com o sistema, várias coleções pequenas são comercializadas
numa mesma estação: novidades são colocadas à venda semanalmente. A
quantidade de produtos do mesmo modelo é reduzida, mas a variedade é
aumentada. Desta forma, a mesma pessoa pode comprar mais produtos num menor.
Segundo Cieta (2010, p. 136), a alta rotatividade dos produtos favorece a
diminuição dos estoques e cria um novo comportamento de consumo. Não se pode
esperar a baixa dos preços para adquirir os itens de uma determinada coleção: o
efeito desejado é que o consumidor espere ansiosamente pelas novidades daquela
semana, e sabendo que na semana seguinte talvez o objeto do desejo não esteja
mais à sua disposição, o mesmo consumidor passe a ir mais vezes à loja.
A especificidade deste modelo é que, de um modo geral, ele articula um conjunto de
táticas empresariais em uma estratégia cuja finalidade é garantir o escoamento da
produção acelerada e a manutenção das taxas de lucro.
O fast fashion é uma importante estratégia utilizada no sentido acelerar os
tempos produtivos das indústrias para a sua manutenção no mercado, pois – como o
próprio nome já diz – ele torna a moda mais rápida através do aumento da
quantidade de coleções, e, com isso, cria condições para o escoamento da
capacidade produtiva cada vez maior das empresas do setor e, consequentemente,
para a manutenção das taxas de lucro através da minimização das liquidações.
CIETTA, Enrico. A revolução do fast fashion: estratégias e modelos organizados
para competir nas indústrias híbridas. São Paulo: Estação das Letras e Cores, 2010.